as pessoas vão passando
uma passarela com fluxo próprio
pensando presente
passado presente
passando
sem as pessoas do passado
agora sem futuro
meu futuro um eterno passado
que se foi
carregando consigo
carregando comigo
todas as pessoas passadas
me deixando assim
sem história
permanente futuro a ser passado
e a criar presente
sábado, 31 de dezembro de 2011
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passarela do tempo
o velhinho sentou-se
pacientemente abriu seu livro
gestos calmos e contidos
nenhum desperdício
apoiou a pasta no colo
mergulhou na leitura
sem mexer um músculo
olhos apenas
navegando pelas letras
páginas mal e mal se viravam
sem alarido
o velhinho marcou o livro
com um recibo de depósito bancário
e se preparou para descer do metrô.
pacientemente abriu seu livro
gestos calmos e contidos
nenhum desperdício
apoiou a pasta no colo
mergulhou na leitura
sem mexer um músculo
olhos apenas
navegando pelas letras
páginas mal e mal se viravam
sem alarido
o velhinho marcou o livro
com um recibo de depósito bancário
e se preparou para descer do metrô.
E então não dá para explicar a solidão que sinto
É como se houvesse uma multidão (dentro de mim)
Não dá mais para calar as vozes
Elas saem sem eu querer
Fugitivas invadem o papel
E se apossam do meu ser
Numa infração de meu código pessoal
Tão verdadeiramente filho do social
Mas elas, assaltantes perigosas,
Não se preocupam com as leis
E rompem meu esquema de segurança
Até escapulirem pelas linhas do papel.
É como se houvesse uma multidão (dentro de mim)
Não dá mais para calar as vozes
Elas saem sem eu querer
Fugitivas invadem o papel
E se apossam do meu ser
Numa infração de meu código pessoal
Tão verdadeiramente filho do social
Mas elas, assaltantes perigosas,
Não se preocupam com as leis
E rompem meu esquema de segurança
Até escapulirem pelas linhas do papel.
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