meus olhos captam o movimento
pelos cantos
ruas pessoas prédios
e carros
pelas bordas
ritmo frenético das pálpebras
outras vidas me atravessam
pelas margens
paralisia
Me consumo em irritação
Me armo em espinhos
Prontos a furar o mundo
Rasgá-lo em pedaços
Verter seu sangue e seu sumo
Desperdiçar alegria e paixão
Tudo só para ordenar
Aquilo que não vai bem ao meu gosto